21 de maio de 2025

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Em busca do segundo turno, Gisela usa estratégia de ataque a Abílio e Emanuel

Política 12/11/2020 11:14

Aparecendo em quarto lugar em algumas pesquisas de intenção de voto e em terceiro em outras, mas como a única candidata que ganharia de qualquer um dos mais cotados à eleição para a Prefeitura de Cuiabá em um possível segundo turno, Gisela Simona (PROS) mudou sua estratégia no debate desta quarta-feira (11), realizado pela TV Vila Real, e partiu para o ataque. Seus alvos escolhidos foram principalmente os dois melhores colocados nas pesquisas, o atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o vereado Abílio Junior (PODE).

A primeira pergunta de Gisela foi feita para Emanuel. Ela questionou se ele se considerava um ‘corrupto profissional’, mas antes elencou: “Candidato, o senhor é símbolo nacional da corrupção. Veja a longa história de corrupção que há. O senhor pagou Salim com esmeraldas falsificadas, foi delatado pelo ex-deputado Riva e pelo ex-governador Silval, o senhor é acusado de ter vendido incentivos fiscais para o grupo Caramuru, o senhor aposentou-se absurdamente aos 32 anos de idade, o senhor como prefeito teve secretário preso e outros afastados por corrupção”, disse.

O prefeito desviou da pergunta, afirmando que Gisela havia chegado com “a missa pronta” para atacá-lo, disse que aquilo não combinava com a mulher digna que ela era, e usou seu tempo para falar dos feitos de sua gestão. Gisela, na réplica, salientou que a população não pode deixar a gestão da prefeitura nas mãos de um político como Emanuel, figura recorrente em delações premiadas. O prefeito, na tréplica, salientou que Gisela é inexperiente e estava apelando em um momento inoportuno.

Logo em seguida, em sua segunda pergunta, Gisela focou em Abílio, questionando-o sobre seus gastos enquanto vereador: “Vereador, o senhor teve quatro anos como vereador para provar que é capaz de cortar gastos, economizar o dinheiro público. O senhor gastou mais de R$ 2 milhões, ou seja, toda a sua verba destinada para contratação e pagamentos de assessores sem concurso durante seu mandato. Consumiu R$ 970 mil com verba indenizatória, quase R$ 1 milhão. O senhor nunca cortou um centavo dessa dinheirama do contribuinte, e agora diz que se eleito vai cortar gastos e extinguir secretarias. O senhor é mais um desses loucos pelo poder que fala uma coisa e faz outra?”.

Na resposta, Abílio focou em dizer que, se ela podia fazer um questionamento a Emanuel a respeito de corrupção, era porque ele, enquanto vereador, havia investigado o poder executivo. O candidato também deu indiretas, dizendo que ele não era “morador de Várzea Grande que tinha mudado de Cuiabá às pressas”, e nem tinha ‘pensado ou tentado a candidatura ao Senado antes de ser candidato a Prefeito’, pois sabia o que queria.

Após este primeiro momento, Gisela ainda tentou criar embates com outros candidatos, mas não foi dada a ela muitas oportunidades de respostas, pois foi escolhida por poucos candidatos para que replicasse questionamentos. Em suas considerações finais, no entanto, ela voltou a posicionar-se como o ‘oposto’ tanto de Emanuel quanto de Abilio. Ela disse que Cuiabá não merece um segundo turno de desesperança com a ‘velha política’ e ‘aventureiros’. Ela também afirmou que é a candidata do equilíbrio e pediu para os eleitores votarem nela.

A quatro dias do pleito municipal, Gisela tem pouco tempo para ultrapassar um dos dois melhores colocados e, assim, garantir um lugar no segundo turno. Em entrevista após o debate, ela disse que não escolhe adversários, até porque “ganharia de qualquer um”. Confiante, ela afirmou que sairá vencedora dessas eleições.


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