Marcos Machado homologou no início de 2020 o acordo de colaboração premiada de José Riva. O desembargador revelou na ocasião que a "relevância" das provas e depoimentos fornecidos por José Riva confundem-se com a própria história de Mato Grosso ao longo dos últimos 20 anos.
Apesar de ainda não ter vindo oficialmente a púbico, a delação de Riva traz entre os vários crimes narrados, o pagamento de "mensalinho" e propina a, pelo menos, 38 deputados estaduais que passaram pela Assembleia Legislativa entre 1995 e 2015, período em que ele comandou o parlamento estadual. Ele teria entregado como prova uma planilha contendo nomes e valores que cada um recebeu.
O despacho do juiz Bruno D'Oliveira Marques aponta que a referida "planilha" é "objeto de um dos anexos" que foram compartilhados aos autos que envolvem o pagamento de propina a Alexandre César – o que sugere que o ex-presidente da ALMT já deve ter entregado o esquema às autoridades. A tendência é de que, além do processo relacionado a Alexandre César, todos os processos relacionados aos vídeos de Silval contem, a partir de agora, com a delação de José Riva, corroborando esquema de propina para deputados estaduais.
Entre ex-deputados gravados pelo ex-governador estão José Domingos Fraga (PSD), Ezequiel Fonseca (PP), Luciane Bezerra (PSB), Emanuel Pinheiro (MDB) e outros.