21 de maio de 2025

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TJ manda soltar líder do CV por ser grupo de risco para Covid

Polícia 22/12/2020 12:01

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) mandou soltar um dos supostos líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso, Ulisses Batista da Silva. Ele alegou num habeas corpus que não poderia ficar preso por ter diabetes e hipertensão, fato que o colocaria no grupo de risco para o novo coronavírus (Covid-19).

Os magistrados seguiram por unanimidade o voto do desembargador Pedro Sakamoto, relator do habeas corpus interposto pelo suposto líder do CV, em julgamento ocorrido no último dia 9 de dezembro. Mesmo fora da prisão, Ulisses será monitorado por tornozeleira eletrônica, e terá que comparecer a todos os atos processuais.

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“A impetrante almeja a substituição da prisão cautelar de Ulisses Batista da Silva por domiciliar alegando que se enquadra no chamado grupo de risco para a Covid-19, por ser hipertenso e diabético – Diabetes Mellitus Tipo 2, e que sua condição de saúde é idêntica a de outro corréu e, portanto, deve haver a extensão da benesse concedida”, diz trecho dos autos.

Em seu voto, o desembargador Pedro Sakamoto concordou com o argumento, determinando a soltura do suposto líder do CV. “Entendo que a manutenção da segregação do paciente Ulisses não se apresenta recomendável, ao menos nesse momento, pois além de ele ser mais suscetível a contrair a Covid-19, já que se enquadra no grupo de risco, foi-lhe recomendado o seu isolamento domiciliar”, explicou o desembargador.

RED MONEY

A operação “Red Money” foi deflagrada em 2018 pela Polícia Judiciária Civil (PJC) e investiga uma célula do Comando Vermelho que teria movimentado R$ 52 milhões.

Os fatos criminosos se referem às práticas de arrecadação e movimentação financeira da organização criminosa através de crimes cometidos por seus membros e integrantes, em especial a administração e o financiamento da venda de drogas, tanto na região metropolitana  de Cuiabá, e Várzea Grande, como também no interior do Estado (Rondonópolis, Primavera do Leste e Alto Araguaia), além da cobrança de mensalidade entre os integrantes da facção.

Cerca de 50 veículos foram apreendidos na operação. O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que também investiga o caso, indiciou 113 pessoas. Cerca de R$ 8 milhões em bens foram sequestrados pela Justiça.

Nesta ação específica, onde a juíza Ana Cristina Silva Mendes intimou os réus para uma audiência em dezembro, são réus Demis Marcelo Ferreira Mendes, Deikson Conceição de Magalhães, Janderson dos Santos Lopes, Wambastther Olliom Bispo Moreira, Paulo Ricardo Santana, Fabio Aparecido Marques do Nascimento, Paulo Witer Farias Paelo, Jonas Souza Gonçalves Junior, Ulisses Batista da Silva, Francisco Soares Lacerda.


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