O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 terminou com taxa de 4,67%, ante 4,855% no ajuste anterior e a do DI para janeiro de 2022 caiu de 3,405% para 3,23%. O DI para janeiro de 2025 fechou com taxa de 6,51%, de 6,715%, e a do DI para janeiro de 2027 terminou a 7,44%, de 7,604%.
Pela manhã, as taxas de curto e médio prazo davam continuidade ao estresse da sessão anterior, ainda pressionadas pela a indefinição sobre o Renda Cidadã e repercutindo as divergências entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), enquanto a ponta longa recuava, respondendo ao exterior. No fim da primeira etapa, o cenário começou a desanuviar, após o término da reunião entre Guedes e Bittar, que havia estado mais cedo com o ministro Marinho, o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Bittar afirmou que a proposta da Renda Cidadã estará dentro do teto no relatório que será apresentado na quarta-feira (7) e que toda a demanda relacionada programa terá que passar pelo "carimbo" da equipe de Guedes.
Foi a senha para as taxas inverterem a mão e passarem a recuar com força, especialmente no miolo da curva que vinha sendo principal alvo das zeragens de posições. O DI para janeiro de 2023 chegou a recuar mais de 30 pontos-base na mínima do dia. "Aquela sensação de ruptura da quinta e sexta, com Campos Neto ameaçando o forward guidance e Guedes em conflito com ministro Marinho e com Maia esfriou, e hoje temos tudo mais calmo com sinais de convergência dentro do governo para a continuidade do teto", disse o operador de renda fixa da Terra Investimentos Paulo Nepomuceno.
As taxas, porém, não devolveram na íntegra tudo o que avançaram na sexta e o volume de contratos, embora hoje acima da média para uma segunda-feira, não foi tão forte também quanto na subida na sexta. Para Nepomuceno, ainda que Executivo e Legislativo hoje tenham "acendido o cachimbo da paz", "depois de tudo o que aconteceu na semana passada" é difícil ver os prêmios voltarem ao que eram enquanto não houver ações
(Com Agência Estado)