O então candidato a prefeito de Cuiabá Abílio Júnior (Podemos) afirmou, neste domingo (29), que a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) foi utilizada pela Prefeitura da Capital para prejudicá-lo no 2º turno das eleições municipais. Aos jornalistas, o vereador afirmou que a unidade não tem competência para investigar crimes os quais foi denunciado e reclamou de ter sido intimado durante a campanha eleitoral. O parlamentar foi derrotado nas urnas contra Emanuel Pinheiro (MDB), que alcançou 135.871 mil votos (51,15%)
.Abílio foi convocado a comparecer à delegacia após ser denunciado por servidoras da Secretária Municipal de Cuiabá por crime de difamação. Elas afirmaram que o vereador “invadiu” o órgão em que elas trabalham sem autorização e as constrangeu.
Ao chegar à Escola Estadual José de Mesquita, no bairro Porto, para votar, Abílio foi perguntado pelos jornalistas quem era a pessoa que estava querendo prejudicá-lo politicamente. O fato chama atenção devido à delegacia ser de competência do governador Mauro Mendes (DEM) que apoiou o vereador no 2º turno.
"A própria prefeitura de Cuiabá através da denúncia feita pela Secretaria da Mulher", disse o vereador.
Apesar de reconhecer que a delegacia é de competência estadual, Abílio destacou que "as decisões dos delegados são individuais e autônomas”, completou.
Questionado se a delegada titular da DEDM, Jozirlethe Criveletto Magalhães, foi influenciada pela prefeitura de Cuiabá, o candidato respondeu: “Acredito que houve um mau entendimento do direito de executar a lei. Porque se ver adequadamente vai perceber que aquela delegacia não tinha foro competente para averiguar tal situação".
Delegada nega que tenha aceitado pedido de defesa de Abílio
Na sexta-feira (27), a delegada Jozirlethe negou que tenha aceitado o pedido da defesa do candidato para adiar o depoimento o qual ele foi intimado, na quinta-feira (26).
O depoimento do candidato estava marcado para as 15 horas, mas Abílio não compareceu. Aos jornalistas, o advogado do vereador, Amir Amiden, disse que a oitiva teria sido adiada após pedido da defesa. A justificativa seria de que o parlamentar tinha compromissos de campanha.
Entretanto, em nota divulgada na tarde desta sexta-feira (27), a Polícia Civil negou que tenha deferido o pedido do advogado para adiar o depoimento. A assessoria do órgão ainda explicou que essa foi a segunda solicitação para que a oitiva fosse adiada.
