A candidata derrotada à Prefeitura de Cuiabá, Gisela Simona (PROS), convocou uma reunião entre os membros do partido para ouvir a opinião dos correligionários e definir quem o grupo irá apoiar no 2º turno das eleições municipais de Cuiabá. Na votação, 10 integrantes apontaram que preferem apoiar Abílio Júnior (Podemos), enquanto que cinco escolheram pedir voto ao atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Além disso, 10 ficaram neutros e outros 10 delegaram à Gisela a escolha de qual rumo seguir. A reunião foi realizada na tarde de quarta-feira (17), no bairro Jardim Primavera, em Cuiabá. Participaram do encontro candidatos e vereadores eleitos na eleição do dia 15 de novembro. Dentre eles, o Sargento Vidal, que conseguiu 1424 votos e ocupará uma cadeira na Câmara Municipal.
Entretanto, mesmo a maioria ter optado por Abílio, Gisela aguarda todas as ponderações políticas para definir o apoio. A decisão será divulgada pela ex-superintendente do Procon no início da noite desta quarta-feira (18), durante entrevista coletiva.
Na manhã de terça-feira (17), Gisela se reuniu com Abílio e Emanuel para ouvir os candidatos. Aos jornalistas, ela alegou que ficou surpreendida com o candidato do Podemos.
“Ele até me surpreendeu no sentido de entender os problemas. Eu fui bastante dura em alguns pontos. O Abílio falou que está aberto a repensar a questão da Secretaria da Mulher e de repensar essa postura machista que deve ser corrigida. Isso, de certa forma, nos alimenta de esperança", contou aos jornalistas.
Em relação à conversa com Emanuel Pinheiro, o principal ponto destacado por Gisela foi a transparência da gestão. Nos últimos quatro anos, a gestão do atual prefeito protagonizou o afastamento de quatro secretários sob suspeita de corrupção.
"Eu falei com ele em relação ao que aconteceu na gestão, qual é a posição dele, a questão de controle interno. Eu, particularmente, coloquei que o combate à corrupção na prefeitura começa com melhores mecanismos de controle e com pessoas concursadas que tem a responsabilidade da função e a resposta que eu tive dele é de que ele não manterá seu secretariado", disse.
Neutralidade
Apesar da decisão delicada, Gisela disse que ficar neutra mandaria a mensagem errada à população e tiraria a importância do voto.
"A decisão não é fácil. Se fosse fácil, eu já tinha tomado, mas eu penso que o eleitor vai votar. Eu defendi a minha vida inteira que o eleitor tem que votar e a neutralidade dá um penso porque parece que você está falando para não votar ou votar nulo. A gente vai ter que exercer a democracia, então agora tem que se decidir", defendeu.