18 de maio de 2025

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Desembargador nega liberdade a ex-mister que atirou em esposa e PM em frente à Nuun

Destaque 30/10/2020 09:58

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso indeferiu um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Michael Bruno, empresário e ex-mister Turismo de Cuiabá. O jovem, de 29 anos, foi preso na madrugada da última segunda-feira (26) por atirar na própria esposa e em um agente da Polícia Militar, ao sair de uma casa noturna na Capital. 

A decisão que negou o pedido de liberdade do ex-mister, é de de autoria do relator do processo, desembargador Paulo da Cunha. O magistrado indeferiu a solicitação nesta quinta-feira (29). 

A defesa de Michael argumentou que o empresário agiu em legítima defesa, ao tentar desarmar o policial, identificado como Emanuel, que teria efetuado disparos com sua arma. 

Na segunda (26), a juíza Renata do Carmo Evaristo Parreira já havia negado liberdade ao empresário envolvido na confusão em frente à boate Nuun. 

Na ocasião, a magistrada converteu a prisão de Michael Bruno de prisão em flagrante para prisão preventiva, sob argumentação de que o empresário tem antecedentes criminais envolvendo delito de violência doméstica e familiar, não sendo recomendada a soltura sem a conclusão do inquérito policial. 

Ao desembargador Paulo da Cunha, a defesa argumentou que as acusações anteriores contra o ex-mister foram arquivadas, de modo que ele teria "bons predicados". 

O magistrado, no entanto, ressaltou que o habeas corpus enseja necessidade urgente, o que não seria o caso de Michael, já que não há constrangimento ilegal indiscutível, segundo o entendimento do desembargador.

Para Paulo da Cunha, a hipótese de legítima defesa carece de elemento comprobatório e a gravidade da conduta justifica a medida de prisão preventiva. 

"Logo, a princípio, não visualizo manifesta ilegalidade, de modo que o exame aprofundado das questões deduzidas na inicial deverá ser postergado ao julgamento de mérito, após as informações e manifestação da PGJ", concluiu o desembargador ao negar o pedido.

O caso

O ex-mister Turismo Cuiabá foi acusado por seis crimes, após disparar uma arma de fogo contra sua esposa e um policial militar. O empresário tomou a arma do oficial, após uma discussão à respeito de uma confusão entre os carros dos envolvidos, que são iguais. 

Durante o desentendimento, o empresário deu socos no PM que caiu. Após a queda, o militar, identificado como Emanuel, sacou a arma, mas Michel tomou a pistola do policial e atirou na direção do agente.

Os tiros acertaram a mão do policial e o braço da esposa do empresário. Após as vítimas serem baleadas, um bombeiro militar que estava no local se aproximou do suspeito e gritou: “parado! polícia, polícia!”.

Na sequência, Michel jogou a arma e foi para cima do bombeiro. Para se defender, o agente desferiu um soco no nariz do empresário.

Quando finalmente foi detido, o ex-mister gravou dois vídeos no camburão da viatura da Polícia Militar acusando policiais militares de tortura.

O empresário afirma ainda que os militares atiraram nele e o deixaram no camburão da viatura para que ele morresse. No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, no entanto, não há a informação que o empresário foi baleado.

 

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