18 de maio de 2025

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Gisela é a única candidata a citar comunidade LGBT em plano de governo

Destaque 04/10/2020 22:07

A candidata à prefeitura de Cuiabá, a ex-superintendente do Procon Gisela Simona (PROS), é a única, entre outros 8 que disputam o pleito, a citar a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) no seu plano de governo cadastrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma das suas propostas é fortalecer o audiovisual e criar um Festival de Cinema LGBT, além de outros festivais. 

Além da ação, Gisela propõe que o Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual discuta as necessidades da população LGBT.

“Na verdade, o que a gente propõe é um conselho, onde a gente possa discutir as prioridades. Justamente descobrir quais causas dessa descriminação, a questão de como combatê-la de forma eficaz. Nós queremos respeitar as adversidades, que a gente possa ter esse público junto conosco para discutir onde está os principais pilares que acabam causando essa segregação que não deve existir na nossa sociedade. Nós precisamos trazer esse público junto conosco, ouvi-los, para poder discutir aquilo que o poder público pode ajudá-los”, declarou.

Na área da Assistência Social, Gisela afirma ainda que pretende criar políticas de combate às violências racial, de gênero, orientação sexual e intolerância religiosa em Cuiabá. Além disso, a candidata pretende fortalecer o controle social com o Conselhos ligados à diversidades cultural. 

 

Em 2019, segundo o Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH), foram registradas 139 ocorrências de casos de homofobia em Mato Grosso.

Já em 2020, nos primeiros oitos meses, foram 160 boletins de ocorrências registrados de crimes contra LGBTs. No mesmo período do ano passado, foram 77 ocorrências.

Das ocorrências desse ano, quatro são homicídios, quatro suicídios e duas mortes que ainda estão sendo investigadas. De acordo com o secretário do GECCH, o tenente-coronel PM Ricardo Bueno, o aumento pode significar que mais pessoas estão denunciando.

“A violência contra o público LGBT sempre existiu, no entanto, ela foi muito tempo silenciada. Somente no ano passado tivemos uma mudança significativa no aspecto jurídico deste tipo de crime com a punição prevista na Lei de Racismo. Isso contribuiu muito com o aumento de denúncias, já que as pessoas se sentem mais encorajadas e respaldadas pela lei”, destacou Bueno. 


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