A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, restituiu cerca de R$ 200 mil do ex-bicheiro João Arcanjo, valor apreendido durante a "Operação Mantus" em 2019. Entre agosto e setembro, também foram devolvidos a Arcanjo um veículo e dois imóveis de propriedade do bicheiro.
A operação, deflagrada em maio do último ano, cumpriu 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar. As investigações se iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandavam o jogo do bicho no Estado.
Segundo apontam as investigações, João Arcanjo Ribeiro e o genro, Giovanni Zem Rodrigues, eram líderes de uma das organizações.
De acordo com o que sustentou a defesa do ex-bicheiro, os bens apreendidos tiveram propridade devidamente comprovada, bem como origem lícita e não interessariam mais ao inquérito policial.
Diante da argumentação, no dia 20 de agosto, a magistrada determinou a liberação de R$ 201,6 mil apreendidos durante a operação.
Já no dia 15 de setembro, a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, afirmou que Arcanjo apresentou provas da propriedade de um veículo modelo Hyllux SW4 do ano de 2019. A versão mais barata do carro é avaliada em R$ 150 mil.
Na mesma decisão, Ana Cristina Silva Mendes liberou dois imóveis do ex-bicheiro, sendo um localizado no Bairro Baú, em Cuiabá e outro, localizado em Tangará da Serra (244 km de Cuiabá), no centro da cidade.
A magistrada, contudo, negou um pedido de liberação de quase R$ 100 mil. Segundo a juíza, Arcanjo não conseguiu provar que o dinheiro era de sua propriedade.
Ana Cristina ainda destacou que o valor não condizia com os ganhos declarados no Imposto de Renda do comendador e foi ampreendido em ambiente de coabitação do genro, Giovanni Zem, cuja ação penal tramita regularmente.