A empresária Patrícia Hellen Guimarães Ramos, mãe da adolescente Isabele Ramos, 14, que foi morta por um disparo realizado pela própria amiga, declarou que a filha foi assassinada por motivo “torpe e fútil”. Segundo ela, os envolvidos no crime continuam agindo de “forma mentirosa” para sustentar a tese de que o homicídio tenha sido um acidente.
“Essas pessoas que assassinaram minha filha, elas vão ser punidas por isso. Eu digo ‘essas pessoas’, porque não foi só a garota que disparou, mas sim as pessoas que estão agindo em favor dessa história mentirosa de que foi um tiro acidental. Foi um assassinato torpe, por um motivo fútil. Essas pessoas estão sendo cúmplices”, disparou.
A fala aconteceu na noite desta quarta-feira (12), data em que a morte de Isabele completou 30 dias. Segundo informações da Polícia Judiciária Civil, por volta das 22h30, ela foi encontrada sem vida no banheiro de uma mansão no condomínio de luxo Alphaville. A amiga informou à Polícia que efetuou o disparo acidentalmente contra a colega.
Na noite de quarta, familiares e amigos realizaram uma carreata e soltaram balões brancos em homenagem e protesto a vítima. Os manifestantes percorreram ruas da capital e pararam em frente ao prédio do namorado da atiradora, que levou as armas para a casa da autora do disparo no dia do crime.
“O motivo dessa carreata é para mostrar nossa indignação, porque essas pessoas estão soltas. Eu e minha família, nós estamos destruídos e despedaçados. Essa garota que atirou na minha filha, no mínimo, só teve alguns planos da vida mudado”, complementou.
Nesta semana, o resultado de laudos criminalísticos confrontaram a versão da autora do disparo e da família dela. Peritos que fizeram testes na pistola Imbel calibre 380, da qual saiu o tiro que matou a adolescente, afirmam que a arma não dispara sozinha como foi cogitado por familiares e pela defesa do empresário Marcelo Martins Cestari, 46 anos, pai da garota que atirou no rosto da vítima.
Indignada, a empresária apelou pela conclusão das investigações e pediu celeridade na denúncia dos envolvidos. “Nós estamos clamando pela justiça para que o Ministério Público atue de maneira célere, com honestidade e respeito. Quantas provas mais é preciso para mostrar que tudo isso não passa de uma farsa”, concluiu.