O secretário estadual da Casa Civil, Mauro Carvalho, criticou na manhã desta terça-feira (2) a flexibilização do comércio em Cuiabá durante o crescimento de casos de Covid-19, o coronavírus.
Carvalho ainda classificou como lamentável a decisão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em desabilitar leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com o coronavírus.
"Aumenta-se os número de casos de coronavírus em Cuiabá e a decisão da prefeitura é fechar UTIs e reabrir totalmente o comércio. Eu não tenho nada contra abrir o comércio, muito pelo contrário, estou dizendo que lá atrás não tinha necessidade de fechar", disse durante entrevista à rádio Capital FM.
O gestor afirmou que não tem coerência a decisão da prefeitura em decretar o fechamento do comércio no momento em que o vírus chegou na Capital e, no 'auge' da contaminação, com os casos cada vez aumentando mais, permitir o retorno gradativo de todas as atividades comerciais.
"Existia o mínimo de caso em Cuiabá e a prefeitura foi contra, literalmente contra, dizendo que o governo do estado não tinha que opinar em nada e fechou tudo. E agora, no auge da pandemia, o prefeito manda abrir. Não tem coerência nenhuma, não tem técnica nenhuma, não tem conceito, é lamentável a forma e a falta de respeito por parte da prefeitura de Cuiabá com a população cuiabana".
Conforme noticiado pelo HNT/Hipernotícias, o governado Mauro Mendes (DEM) também criticou a decisão da flexibilização por parte da prefeitura.
O secretário cobrou da prefeitura de Cuiabá o fato do Executivo municipal ter recebido mais recursos do governo federal para abrir novas UTIs em Cuiabá e até o momento não ter apresentado nenhuma delas para pacientes diagnosticados com a Covid-19.
“É lamentável essa postura da prefeitura com relação a qualquer questionamento do governo, sempre vem com essa desculpa de que é para fins eleitoreiros, é política. Ano passado já existia 145 UTIs em Cuiabá, o questionamento é o seguinte: o prefeito recebeu R$ 25 milhões do governo federal, enquanto o Estado recebeu R$ 24 milhões, quantas UTIs Cuiabá abriu até o momento com a pandemia? Tínhamos 10 UTIs e hoje são 150 disponíveis para a Covid-19. De gestão humanizada não tem nada”, disparou.
Prefeitura rebate
Na última semana, por meio de nota, a Prefeitura de Cuiabá negou que tenha desabilitado os leitos da UTI do novo pronto-socorro para pacientes da Covid-19. O Executivo informou que, com a liberação de várias atividades comerciais, industriais e de serviços no interior do estado e posteriormente algumas na capital, a demanda dos atendimentos de urgência e emergência de outras patologias não Covid-19 aumentaram, principalmente demandas por leitos de UTIs adulto do HMC.