A ação, coordenada pelo comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, tenente-coronel Ronaldo Roque da Silva, mostrou uma situação de grave crise, com disparo de tiros, ameaças de morte de reféns e de detonação de explosivo, socorro do Samu ao refém, iminência de confronto com policiais, entre outras intercorrências.
Como ocorreu a simulação: o roubo seria praticado por um grupo de integrantes de facção criminosa. Três homens e uma mulher invadiram a loja de celulares da Samsung e fazer gerente, funcionários e clientes reféns. No momento da invasão e anúncio do assalto, a gerente conseguiu acionar o alarme e uma cliente saiu correndo e gritando "é assalto, é assalto..."
Um segurança do shopping se aproximou da loja para averiguar e confirmar se ocorria um roubo. Nesse momento, a Polícia já havia sido acionada pela coordenação de segurança, uma vez que o alarme disparou. Informações complementares foram repassadas às autoridades policiais a partir da confirmação do segurança.
A primeira equipe da PM a chegar foi da unidade da região, o 10º Batalhão, e os assaltantes reagiram. Conforme a situação se agravava, em função da recusa dos ladrões em aceitar o comando dos policiais para se entregar e das ameaças aos reféns, chegavam equipes das unidades especializadas, do Batalhão Rotam e em seguida do Bope. Do entorno shopping outros policiais cercavam o local e buscavam a identificação de possíveis apoiadores dos assaltantes.
A negociação para rendição dos suspeitos, conduzida por um oficial do Bope, se estendeu por mais de 1h. Os suspeitos faziam exigências, entre elas, um carro para fugir. Ao final o roubo foi frustrado, os reféns libertados e os ladrões presos.
O comandante do Bope, tenente-coronel Roque, explicou que a simulação teve como objetivo aprimorar o treinamento dos policiais, fazendo a atuação chegar o mais próximo possível de uma ocorrência real.
Roque avaliou o treinamento como de extrema relevância para o Bope e todo o sistema de segurança pública na medida em que podem colocar em prática ações que seriam praticadas em ocorrências reais. No caso da simulação, observou, podem parar para verificar e reavaliar o próprio cenário e as medidas adotadas. O próximo passo, segundo Roque, é a produção de relatório e realização de estudo de caso com a finalidade de discutir os pontos favoráveis e os que necessitam de correção.
Para Anderson Alves, superintendente do Shopping Estação, a ação aproxima o centro comercial das forças policiais, além de mostrar aos integrantes da segurança interna uma situação simulada de violência de uma maneira mais próxima da realidade.