As ligações de longa distância feitas para celulares dos municípios da área com DDD 11, em São Paulo, deverão ser feitas, obrigatoriamente, com o uso do nono dígito a partir desta terça-feira (28). Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), aqueles que efetuarem chamadas com oito dígitos terão suas ligações interceptadas e receberão informações sobre a forma correta de discagem. Elas não serão mais completadas.
Os celulares com DDD 11 passaram a funcionar com o dígito 9 no início do número no dia 29 de julho. A medida foi determinada pela Anatel para manter a oferta de novos números.Aplicativos para smartphones prometem facilitar a atualização da agenda de contatos.
De acordo com a agência, as chamadas locais para celulares continuam funcionando com apenas oito dígitos. Elas deixarão de ser completadas sem o nono dígito a partir do dia 17 de outubro. A previsão é que, em janeiro de 2013, os números sem o 9 sejam considerados inexistentes. As interceptações com avisos sobre o novo sistema estão sendo feitas de forma gradativa pelas operadoras.
O objetivo da alteração é ampliar o número de combinações. Hoje, já estão em uso ou aprovadas para a venda pela Anatel 42 milhões de linhas com DDD 11. Isso é quase a totalidade das combinações possíveis – 44 milhões. A introdução do 9 permitirá que combinações de oito dígitos hoje disponíveis apenas para linhas fixas, ou seja, iniciadas por 2, 3, 4 e 5, sejam usadas também para os celulares. No total, o número de combinações possíveis passará para 90 milhões.
A mudança vai afetar apenas números de celular. Os telefones fixos e rádios não serão alterados. A alteração é obrigatória, gratuita e a cargo de todas as operadoras.
PERGUNTAS E RESPOSTAS:
A mudança vai atingir quais usuários?
Quem tiver número de celular com código 11 será afetado. São usuários que têm telefones celulares em 64 cidades da Grande São Paulo.
O nono dígito será adicionado aos números de todo o Brasil?
O processo de inclusão do nono dígito ocorre inicialmente apenas nos municípios do estado de São Paulo com DDD 11. A mudança deve ser ampliada para todo o Brasil, mas não há previsão.
As ligações serão completadas caso não seja incluído o número 9?
Nos primeiros dez dias, serão completadas normalmente. A partir de 8 de agosto, as ligações serão interceptadas gradualmente, e o cliente receberá um aviso sobre a mudança do número.
Quando as chamadas usando os números antigos deixam de ser completadas?
As chamadas feitas para números do DDD 11 usando números com 8 dígitos não serão mais completadas 90 dias após a mudança e o assinante será orientado a usar a nova numeração. Mensagens não serão mais enviadas. O aviso deixa de ser dado em 15 de janeiro.
O cliente tem um pedido de portabilidade pendente. O que acontecerá com ele?
O processo de portabilidade acontecerá normalmente.
O que irá acontecer com os créditos do cliente quando o número for mudado?
O saldo dos assinantes, em créditos, nos telefones pré-pagos, não será alterado pela mudança da numeração.
Por que os números de celulares terão o nono dígito?
Para aumentar o número de combinações entre os números e, assim, aumentar o número de linhas possível. Na região do DDD 11 já existem 42 milhões de chips em uso ou já aprovados para venda (95% do possível).
Há previsão do uso de dez dígitos para números do DDD 11?
Não. Com o inclusão do nono dígito, ficam liberadas para celular as combinações com oito números que hoje só são usadas para fixos e que começam com 2, 3, 4 e 5, além do número 1. Com isso, as combinações possíveis chegarão a 90 milhões. O zero após o nove não será usado inicialmente para não haver confusão com as chamadas a cobrar, que começam com o “90”.
Quando ocorreu a última mudança?
Em 1998, algumas prestadoras originárias do Sistema Telebrás operavam com sete dígitos. Naquele ano, a Anatel publicou uma resolução padronizando o uso do celular no Brasil, e todas as operadores passaram a oferecer linhas com oito dígitos. A adaptação ocorreu até 2003.
As promoções feitas para conquistar clientes, como a distribuição de chips pré-pagos, é responsável por esse crescimento? É algo que deve ser mudado?
A Anatel diz não ver problema nas estratégias de distribuição de chips. Ao contrário, avalia que se enquadram na atribuição da agência de disseminar a telefonia no Brasil.
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