Um porta-voz militar da França admitiu nesta quarta-feira que o país enviou armas para os rebeldes que lutam contra as forças do ditador Muammar Gaddafi, na Líbia.
A França é assim o primeiro país da Otan (Organização das Nações Unidas) a admitir publicamente que armou os militantes civis, depois da “ajuda” ter sido reportada pelo jornal “Le Figaro”.
O coronel Thierry Burkhard disse que a entrega das armas ocorreu no começo de junho, nas montanhas Nafusa, no oeste do país, quando os civis foram cercados pelas forças de Gaddafi –que proibiu a formação de um corredor de ajuda humanitária.
Burkhard disse que as armas foram enviadas em caixas com paraquedas e incluem “ferramentas de autodefesa”, como armas de assalto, metralhadoras, granadas e munição.
A questão sobre armar ou não os rebeldes líbios para que possam fazer frente às forças leais a Gaddafi causa polêmica na comunidade internacional.
O secretário-geral da Otan, Andres Fogh Rasmussen, já rejeitara a possibilidade dizendo que a resolução do Conselho de Segurança que permite a intervenção militar na Líbia exige a imposição de um embargo sobre as armas. “Nós estamos lá, então, para proteger a população e não para armá-la”.
Mas o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e outros líderes da coalizão que realiza ataques na Líbia já indicaram que essa é uma possibilidade que está sendo analisada.
Combatentes rebeldes, principalmente forças armadas com armas leves e em caminhonetes, disseram ter sido superados pela potência e alcance das armas de Gaddafi e pediram reiteradamente por armas ocidentais.
Segundo reportagem do jornal francês “Le Figaro”, a ajuda veio justamente depois da França constatar, no começo de maio, que a ofensiva dos rebeldes não conseguia ganhar terreno na Líbia e que as frentes de batalha corriam risco de se estabilizar.
A ideia é, ainda segundo o jornal, que os rebeldes consigam chegar a Trípoli para organizar uma revolta no reduto das forças de Gaddafi, com a ajuda dos mercenários do regime que estariam insatisfeitos, sem receber salário, e da própria população, que sofre uma escassez de gasolina e “não aguenta mais”.
Um alto funcionário citado pelo “Le Figaro” afirma que a França agiu por conta própria, sem o apoio dos países aliados na intervenção militar na Líbia, comandada pela Otan.
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