Wellington Menezes de Oliveira tentou eliminar pistas ateando fogo no PC.
HDs são bastante resistentes contra altas temperaturas, dizem especialistas.
Ainda pode ser possível recuperar o computador queimado de Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que invadiu salas de aula cheias de alunos na escola Tasso da Silveira na quinta-feira passada (7), matando 12 crianças. Ele tentou eliminar pistas, segundo a polícia, ateando fogo no equipamento. Mas, segundo especialistas, fogo não é a melhor maneira de se livrar de um disco rígido – na verdade, HDs são bastante resistentes contra altas temp
eraturas. Se o fogo não chegou a danificar as mídias do disco (chamadas de platters), os dados ainda podem ser recuperados.
A DataRecover trabalhou na recuperação de dados do avião 3054 da TAM e também em alguns casos de discos danificados pelo furacão Katrina, que devastou a cidade de Nova Orleans, nos EUA, em 2005. A empresa atua no ramo desde 1994.
Scott Moulton, especialista com mais de 20 anos de experiência em recuperação de dados para perícia e diretor da empresa norte-americana My Hard Drive Died, tem a mesma opinião, mas enfatiza a dificuldade do processo. A recuperação de dados pode precisar construir um HD idêntico ao queimado e colocar as platters do HD danificado nele. Mas o fato de o disco estar queimado pode dificultar a identificação dos componentes necessários para a tarefa.
“As platters estão quase sempre intactas e brilhantes, pelo menos se nenhuma água entrou no disco. Porém, o resto dos componentes pode ter derretido. A parte mais difícil é o rótulo do HD, que faz os números não ficarem visíveis. A parte eletrônica é muito importante, mas o selo queimado torna difícil saber quais eram os componentes usados no disco para a construção de um drive idêntico”, explica Moulton.
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