Os paulistas vivem momento histórico nas semifinais da Libertadores e da Copa do Brasil, mas pagam um preço alto no Campeonato Brasileiro. O Corinthians amarga a segunda rodada seguida na lanterna do torneio e tem companhia de seus principais rivais na zona do rebaixamento.
Dos quatro grandes do Estado de São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos estão na degola, fato inédito desde que o campeonato começou a ser disputado na fórmula dos pontos corridos, em 2003.
O Timão vive a pior situação no certame nacional, a despeito da boa campanha na Libertadores em que está a um empate de eliminar o Santos e se classificar para a final. A equipe completa a segunda rodada consecutiva na última colocação, o que não acontece desde o início do Brasileirão-2003.
Nem no ano do rebaixamento, em 2007, o Corinthians chegou a ser o pior time. Na ocasião, foi líder na 7ª rodada e só entrou na incômoda zona na 27ª, onde passou nove jogos até cair para a segunda divisão.
Com apenas um ponto em cinco jogos, Tite encara a situação com certa normalidade. Após a derrota por 1 a 0 para a Ponte Preta, ele disse que o desempenho já era esperado em função das dificuldades de disputar duas competições.
“Ninguém está se surpreendendo. Todas as equipes que chegaram à final ou à semifinal ao longo de cinco, seis anos entraram na zona do rebaixamento. Sabíamos desde o início e coloquei isso para vocês. Nunca escondi que é pelo grau de dificuldade do Brasileirão”, disse.
Seu rival no duelo continental segue o mesmo caminho. O Santos usou o time reserva e acabou derrotado pelo Flamengo por 1 a 0 , domingo, no Engenhão. Assim, segue com três pontos na 17ª colocação e ainda sem vencer no torneio.
A situação não é muito diferente do ano passado quando disputou a Libertadores e o Brasileiro ao mesmo tempo. Amargou cinco rodadas na degola e deixou a torcida preocupada até dar uma guinada na reta final.
O auxiliar técnico de Muricy Ramalho, Tata, que dirigiu o time no Rio de Janeiro, disse que a situação é inevitável. “São as circunstâncias do campeonato. Estamos no Brasileiro e na Libertadores, o desgaste é grande. Temos que abrir mão de alguma coisa. O importante é estar bem preparado para quarta-feira e conseguir reverter a desvantagem”, disse, sem esconder o foco na competição continental.
O Palmeiras não disputa a Libertadores, mas vive situação bem semelhante. Está na semifinal da Copa do Brasil e deu um passo importante para chegar à decisão ao vencer o Grêmio por 2 a 0 fora de casa.
Mas no Brasileiro Felipão passa aperto. Tem apenas dois pontos e faz companhia aos rivais alvinegros na degola ao empatar com o Vasco por 1 a 1, no domingo. O único que conseguiu um equilíbrio foi o São Paulo que, mesmo na semifinal da Copa do Brasil, faz campanha boa no Brasileiro com três vitórias na sexta colocação.
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