O esquema de proteção montado para levar o contraventor Carlinhos Cachoeira da penitenciária da Papuda, em Brasília, ao Congresso Nacional é mantido em absoluto segredo pelas forças policiais envolvidas no transporte.
Não é para menos. O bicheiro é considerado um “arquivo vivo” por manter relações próximas a empresários, parlamentares, governadores e outras autoridades.
A escolta de Cachoeira será feita pela Polícia Federal, com apoio dos agentes do Departamento Penitenciário Nacional. Segundo um policial legislativo, o subsolo é uma “possibilidade” para a entrada do contraventor no Congresso. De lá, os policiais devem acompanhá-lo por corredores internos do Senado até uma escada que leva à sala 2 da Ala Nilo Coelho, onde ocorrerá o depoimento.
O acesso a essa escada fica em uma antessala da comissão, por onde apenas os senadores e funcionários autorizados transitam.
O corredor em frente à sala estará fechado, e cada bancada parlamentar contará com o auxílio de um assessor.
O acesso à imprensa será restrito. Apenas 23 jornalistas poderão assistir ao depoimento de Carlinhos Cachoeira dentro da sala da comissão.
Aval do Supremo
Nesta segunda-feira (21), o STF (Supremo Tribunal Federal) deu o aval para o depoimento de Carlinhos Cachoeira, após ter adiado o interrogatório dele na CPI na semana passada.
Na ocasião, o Supremo acolheu os argumentos da defesa do bicheiro, que reclamaram que não tiveram acesso às provas contra ele.
Desta vez, o ministro do STF Celso de Mello considerou a ação dos integrantes da CPI, que protocolaram documento explicando que deram acesso total aos advogados na sala secreta do Senado Federal que guarda os inquéritos da Polícia Federal Vegas e Monte Carlo.
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